Fato de Gala

Pois o Natal já lá vai.

Fui passá-lo ao Norte... na serra que circunda o rio Vouga. Um local muito calmo. E lindo, lindo!!
Estava lá a familia quase toda.
Só a Titas, a minha cadela favorita, não pode ir. Fiquei com muita pena.

Não há muito a contar, senão o habitual de quando a familia se junta.
Mesas recheadas de comida (muito boa por sinal), brincadeiras e conversas por todo o lado, uma casa enorme para passear, jardim e um pequeno bosque mesmo ao lado da casa e... gente por todo o lado!

Agora vem aí o final do ano. E lá vou eu novamente. Desta vez para o Sul.
Já fiz as minhas malas. Dia 30 de manhã, encontram-me na estrada para o Algarve.

Como não podia deixar de ser, também lá pus o meu fato de Gala, o espumante e as passas (que dispenso...).
Fui comprar o meu fatinho de noite de Ano novo à pouco tempo, e aqui estão as provas:




























Espero que gostem.
Estou convencido que vou fazer furor!!

... um BOM ANO para TODOS !!

Ah pois é!

Natal

O Natal está aí.
Árvore, bolas, laços, presentes e muito mais.
Segundo ouvi hoje na TV, mais de 80% das luzes e árvores de Natal na Europa são de origem chinesa.
Assim como os brinquedos das crianças.

É impressionante.
Pomos as luzes, enfeitamos as árvores, damos presentes... e tudo e tudo e tudo.
E os chineses a encher os bolsos!! Lindo, não?

Eu, como não podia deixar de ser, cá estou também à espera do meu presentinho.
Uma pequena lembrança.
Sabe sempre bem.

Eu até me portei bem este ano... não foi?Eu mereço!

Mas o que eu gosto mesmo, é de todo aquele papel dos embrulhos!
Aliás, eu contentava-me só com uns lacinhos e papel de embrulho para brincar.

Ah pois é!
E... já agora... BOAS FESTAS !!

No meio

O sul de Portugal é de facto uma zona privilegiada.
Mesmo que faça frio em Portugal continental, no sul faz sempre um bocadinho menos frio.

Estive por lá à dias, mais uma vez.
Aproveitei um destes feriados de Dezembro, fiz uma espécie de ponte para o fim de semana, e passei lá 4 belos dias.
Convidei também os meus donos, claro. (mesmo que não os convidasse, eles colavam-se. Eh eh)

Adoro a varanda do apartamento.
Aquela brisa marinha que sopra, o tempo todo. O Sol que brilha e aquece o pelo (demasiado , por vezes).

Passámos tardes bem relaxadas, cada um no seu banco de repouso.

Eu tenho uma certa preferência pelas cadeiras dos donos. Tenho mais espaço. Infelizmente nem sempre estão disponiveis...
Gosto de ficar lá deitado, a ver quem passa.

Numa das tardes, por alguma razão que desconheço, resolveram colocar as 2 cadeiras grandes de costas para a frente da varanda. Viradas para o interior do apartamento.

Presumi que queriam ver algo na TV.
Tudo bem!

Como eu gosto de desfrutar da companhia deles, aproveitei e sentei-me bem no meio. E como o que se passava lá fora era bem mais interessante do que na televisão... fiquei de costas... a admirar a paisagem - aqueles campos relvados à minha frente.

Que bom que é relaxar desta vida activa que levamos...

Ah pois é!

Pancadas...

Cada um de nós tem as suas maluqueiras.
As suas doidices.

Eu tenho. E muitas.
Ou não fosse eu o Tico Maluco.

Adoro alojar-me em tudo que é buraco.
Caixas de cartão, alguidares, sacos, malas, etc.
Tudo o que estiver à pata.
Quem me conhece sabe do que eu estou a falar.

O balde do lixo não é propriamente o meu favorito. Mas, como até estava limpinho, e como andava à procura de novas experiências, não fui de modas.
Saltei lá para dentro.

O pior é quando às vezes fico fechado em certos sitios e não dão logo pela minha falta...

Já cheguei a ficar fechado durante algum tempo...
Às tantas só me resta miar, desesperado.

Ah pois é!

Enroscadinho

É perto daqueles que mais gosto, os meus donos, que me sinto melhor.

O prazer de sentir o carinho deles.

Estar com os meus donos, é como que se o mundo estivesse em paz.
Como que, de repente, a harmonia tomasse conta de tudo.

Às vezes, para me sentir bem, faço de conta que o mundo é só aquilo. A minha área de conforto.

Só estou realmente feliz quando estou rodeado de quem mais gosto.

Mesmo que às vezes faça asneiras e ralhem comigo. Faz parte da minha relação com eles.
É tudo Amor.

Ah pois é!

Penso

Todos temos dias assim.
Dias em que estamos mais sensíveis.

Em que quase tudo nos toca no coração.
Dias em que olhamos para o mundo de uma forma mais ternurenta.

Em que pensamos na vida, e por tudo o que já passámos, e no que ainda aí vem.

Eu hoje estou particularmente sensível.
Ando a pensar na minha Amiga Tigra.
Aquela gatinha linda que conheci na net.

Penso no que ela sofreu. E em todo o carinho que recebeu para ficar boa novamente.

A Tigrinha merece todos os mimos e cuidados que recebeu.
É uma gatinha cheia de sorte.

É tão fofinha que, mal a vi, adivinhei que íamos ser Amigos.

Agora aqui entre nós...
Ela não é linda de morrer?!?

Ah pois é!

Caixa Mágica

Não é todos os dias.
Aliás, passam semanas sem eu ligar nenhuma àquela caixa mágica: a TV.

Mas, por vezes, apanho algo mais interessante a passar no ecrã, e fico fixado naquela caixa.

É impressionante as coisas que aparecem por lá. Os sons e as imagens.. Como é que é possível?
Não consigo entender como é que está ali tudo à minha frente mas eu não consigo tocar, nem tão pouco cheirar...

Assumo que já aprendi a ver televisão, mas ainda não a compreendo.

A minha maior curiosidade é com programas relativos a animais. São os que mais gosto.
Com pássaros, gatos, cães, leões, etc etc.

Outro dia estive a ver um programa com ursos. Foi muito giro. Principalmente a forma como eles apanhavam salmões num rio, e depois os comiam.
São muito habilidosos.

Um dia hei-de tentar fazer o mesmo.

Bom, mas já não é a primeira vez que vejo um programa com ursos. Aliás, todos os dias há ursos diferentes na TV. É só fazer zapping e vê-los a passar.
Alguns, quando abrem a boca, só apetece é fugir.

Ah pois é!

Uma bela banhoca

Vai não vai, os meus donos dão-me uma banhoca que é de chorar por mais.

Posso dizer que não aprecio muito o facto de ficar todo encharcado, como podem ver pela minha expressão na foto.

No entanto, cá me aguento, pois sei que o pós-banho sabe muitíssimo bem.
Fico com o pêlo luzidio e muito cheiroso.
As gatinhas ficam doidas!!

O banho começa com água morna espalhada por todo o meu pêlo, seguido do shampô. Depois são 4 mãos a esfregar-me ao mesmo tempo.
É como aquelas massagens duplas. Só para a malta com muita $massa$.

Após outro jorro de água pelo meu corpito, vem a técnica do embrulho.

Enrolam-me numa toalha e começam o "Esfreganço - parte 2".

O pêlo está de tal forma molhado, que encharco por completo uma toalha de banho de pessoa grande.

Por fim, vem a 3ª fase, a que eu apelido de: "salão de beleza".

É a que eu mais aprecio.

Rendo-me a todos os cuidados que me são dados.

Secador = mínimo 10 minutos

Escova = + 10 minutos

Ao longo de toda a operação, mostro por vezes um pouco de impaciência, mas é só para exigir que tenham ainda mais carinhos para comigo. Eh eh.

E no final de tudo, gosto eu próprio de dar um toque final. Fico mais uns bons minutos a lavar-me. Felizmente, como tomei banho, já não largo tanto pêlo. Assim, a minha língua não fica cheia deles.

Bom, e agora, que venha o próximo. Ai que bom que é!

Ah pois é!

À mesa com os donos

As refeições dos meus donos são um dos momentos altos cá da casa.

Felizmente, eu tenho um lugar privilegiado para assistir a tudo.
E, como não quero perder pitada, sento-me à mesa logo desde o início.
Depois é só aguardar...










E eis que começam a chegar os pitéus.
Sopas, carnes, peixes, legumes, frutas, muito arroz, massas, queijos qb, etc etc.

Dá-me um certo gozo vê-los entretidos no seu manjar.
Por vezes, parece-me que não comem à dias.
Coitaditos...

O cheirinho que a comidinha irradia é de tal forma bom que tenho de me conter e resistir para não fazer asneira. Ainda bem que é raro fazer asneira, de outra forma não me deixariam estar aqui.
A bem dizer, só fico fora de mim quando vêm os enchidos para a mesa (paínho, paio, FIAMBRE, etc).

Isto é já um ritual. À muito tempo que já tenho um banquinho/mini-escadote próprio. E é aí que me sento.
Eles nem precisam de começar a pôr os pratos para eu saber que vão jantar. É o meu sexto sentido que me avisa.
E, antes de a mesa ser posta, já lá estou.
É que no final sobra sempre para mim. Nem que seja um bocadinho de molho de carne assada.

Ah pois é!

Os meus dias úteis!

Os meus dias úteis da semana são uma pasmaceira. Não há muito que fazer. Apesar de dia útil, não faço nada de útil.

Onde vivo, acorda-se por volta das oito horas, e eu tomo o pequeno-almoço que os donos põem na tigela. De seguida, sigo-os de perto enquanto se arranjam. Após a saída deles, gosto de dormitar um pouco.



Depois almoço e, com a barriga cheia, faço sempre uma sesta.
A meio da tarde lancho, o que me provoca sempre uma certa sonolência, que eu tento resolver com uma pequena soneca.

Finalmente, ao fim de tarde, chegam os donos. É altura de brincar e pedir a atenção deles.
Depois, como isto cansa-me um pouquito, antes do jantar gosto sempre de passar pelas brasas.
Janto perto das oito da noite, ao que se segue um descansar dos olhos.

Por volta das onze da noite, e antes de ir dormir, gosto sempre de uma pequena ceia.
Finalmente, por volta da meia-noite, tenho tempo para dormir.
Como podem ler, apesar de manter uma vida ultra activa, tento manter uma alimentação regular e repousar o suficiente.
Tudo para ter forças para o dia que se avizinha.

Ah pois é!

Ovos - mexidos ou batidos?

Os ovos são de facto um alimento muito nutritivo.
E são óptimos para salvar um jantar.

Naqueles dias em que não há nada descongelado, não há restos de outras refeições e não apetece fazer grandes cozinhados... eis que surgem os ovos!!
Mexidos, batidos ou estrelados. Cozidos ou escalfados. Os ovos são sempre bons (para quem gosta, claro).

Mas qual é a diferença entre batidos e mexidos? Bem, acho que o mexido é mais ou menos como um ovo estrelado que rebentou. O batido é a ligação da gema com a clara numa mistura homogénea.

Eu cá gosto deles acabados de sair da casca. Crus!
Mmmm...

Gosto também de ver como eles se transformam. Numa omelete, por exemplo.
É a passagem do ovo no estado líquido (ou natural) ao estado "omelítico".

Peço desculpa pela foto estar um bocadinho desfocada.
É que eu devia estar com tanta fominha que o ronco do meu pequeno estomago fez tremer a cozinha...

Ah pois é!

Mais umas férias..zitas !

Infelizmente não tenho tempo para colocar nenhum dos meus pensamentos atrozes antes das minhas mini-férias.

Até porque a minha cabeça (leia-se focinho) só já está nos dias de relaxe que vou ter.

Já sonho com a minha varanda preferida.
E com a gatita que costumo namorar nas férias.


Mas o meu pensamento também está com a a minha amiga Tigra (uma bela gatinha), e com as melhoras rápidas dela.

Adeus e até ao meu regresso.
São apenas 9 dias. Mas eu faço eles parecerem mais... para aí uns 9 e meio...

Ah pois é!

Controle

A falta de controle afecta muita gente.
Desde o meio politico, à gestão de empresas até ao desporto.

Ter o controle das situações não é fácil. Até porque, quando acontece algo repentino ou inesperado, costuma-se perder o controle das coisas.
A não ser que estejamos treinados para lidar com aquela situação específica.

O mais importante é não perdermos o controle em nós próprios.











Se soubermos auto controlar-nos nas situações mais adversas, é meio caminho andado para não agir de cabeça quente.
Para tomarmos decisões ponderadas.
Para não perdermos o auto controle!

Assim, a minha ideia para hoje é:
Treina o teu auto controle
Porque o inesperado pode sempre acontecer

Ah pois é!

Que canseira...

Fantástico.
Mais uns dias e vou de férias novamente. Soube-o ontem!

Julgava que ia ficar em casa de alguém amigo enquanto, mais uma vez, os meus donos saboreavam algum destino exótico por esse mundo fora.
Afinal vão ficar por Portugal.
E eu vou com eles!
Iupiii!!

Vai ser só sopas e descanso.
Afinal não é nada a que eu não esteja já acostumado... eh eh.

Entretanto já me está cá a dar uma canseira...
UAHHHAAAA !!

Isto de ter o sono em dia não é fácil de manter.

Ah pois é!

Atrelado

Adoro ir passear à rua.
Sei que muitos gatos não são capazes. Muitas vezes por receio de sair da sua área de conforto.
Eu sou porque fui habituado desde pequeno. Apesar disso, no ínicio, o meu dono teve muita paciência comigo. Não foi fácil.
Mas também não foi um processo de aprendizagem muito moroso.

No entanto, como nós os gatos somos diferentes dos cães, o passeio processa-se de forma pouco ortodoxa.

É raro eu gatinhar mais do que 2 metros seguidos.

Gosto de parar muitas vezes. Cheirar, observar e gatinhar mais um pouco.

Adoro encontrar cães pelo caminho. Alguns fogem de mim, outros ficam excitados, mas nenhum me faz mal (pelo menos até hoje).

Entretenho-me a ver o diferente tipo de pessoas que passa.

Os meus passeios são demorados. Às vezes perto de 1 hora. Mas terminam abruptamente.

Quando me chateio, e quero voltar para o apartamento, dou uma corrida até à entrada do edifício onde moro. Só paro quando chego. Por vezes são para aí uns 200 metros. E o coitado do meu dono tem de acompanhar-me. Faz parte do exercício dele. Eh eh.

Também precisa. Não sou só eu...

Ah pois é!

Desconfio!

A sociedade consumista em que todos vivemos, torna-vos diferentes.
O stress, a ambição desmedida, o medo do insucesso, levam os humanos a mudar as atitudes perante os que lhes rodeiam.
Noto isso constantemente.

As pessoas já não podem confiar 100% em quase ninguém!

Eu próprio já tenho esse problema!
Como parto sempre do princípio que todos me querem bem, às vezes "lixo-me"!

Quase que só confio nas crianças ou nos gatinhos pequenos.
Esses sim, ainda têm os pensamentos puros (salvo raras excepções).



É por isso que hoje em dia desconfio.
Apesar de ser curioso por natureza, e gostar de aproximar-me das pessoas, desconfio.



Desconfio de quem é extremamente bonzinho para mim.
Desconfio de quem se julga superior.
Desconfio de quem é muito calado.
Desconfio de quem fica rico rapidamente.

E desconfio que já estou a desconfiar demasiado.

Mas não pensem que isto me faz infeliz. Até pelo contrário.
Sou muito feliz e extrovertido.

Gosto de conviver.
Mas, ao mesmo tempo, estou sempre pronto a escapar-me caso pressinta o perigo.
É como ter um plano de fuga sempre activo. Como uma saída de emergência.
Porque vale a pena estar prevenido.

Ah pois é!

Crescer

À pouco mais de 2 anos, nomeadamente em Abril de 2003, lembro-me de ser um gatito, bem mais pequeno do que agora sou.
Hoje, cresci, amadureci, e tornei-me um gato adulto.

Já consigo tomar decisões ponderadas.
Quando fico de cabeça quente aguardo sempre 10 segundos antes de responder.
Resumindo: estou mais velho.

Todos os dias aprendo mais qualquer coisa.
A vida é assim, proporciona-nos variadíssimas experiências que nos enriquecem constantemente o espírito.
Mas não é só o que aprendemos que interessa. É saber usar esse conhecimento de forma adequada.
É sermos humildes e tratarmos o semelhante como nosso irmão.
Isso é que nos faz crescer ainda mais.

É por isso que, quando olho para a minha sombra, sinto-me ainda maior do que realmente sou.

E quanto mais o Sol desce, quanto mais o tempo avança, maior é a minha sombra.

É por isso que a idade não me assusta.
Quantos mais anos de vida melhor. É sinal que os vivi!

Ah pois é!

De visita

Domingo passado, estava eu confortavelmente em casa, gozando a companhia a tempo inteiro dos meus donos, quando surge aquele telefonema...
Era um convite aos donos para jantarem em casa de Amigos!!

Caiu-me tudo... !!

Lá se vai aquele final de tarde em familia.

Lá se vai o jantar com os donos.

Lá se vai o serão.

Fiquei de rastos.
Tudo o que imaginei para aquele Domingo ruía à minha frente.
Não sabia o que fazer.

Enquanto os donos se aperaltavam para sair, estava algures pela casa a pensar na minha sorte malvada.
É quando vejo que: estavam a arrumar as minhas taças de comes e bebes e o meu caixote das necessidades, bem como a minha pequena "jaula" de transporte.
Eu também ía!!!
Iupii!

De facto até nos Amigos dos meus donos eu tenho sorte. Não se importam que eu os acompanhe e que goze da companhia de todos.
E lá fiquei eu refastelado, no sofá dos (agora) meus Amigos, entretido a ouvir as conversas de todos.
Não sem antes ter bisbilhotado a casa toda.
Sim, porque eu tenho primeiro que ver tudo. Tudo mesmo.

Ah pois é!

Qual é o problema?

Este é mesmo o espírito das férias. Descanso!
Não ter preocupações, não pensar em coisas complicadas.
Deixar-nos levar por uma onda de relaxe, que nos invade das patas ao focinho.

Sei que uma semana e uns dias, às vezes, não é suficiente para deixar para trás todos os meus problemas, se é que existem... mas, bolas, é melhor que nada.

E eu consegui por tudo para trás e gozar umas excelentes férias!!

Agora que voltei, tenho tentado lembrar-me de quais eram os problemas que eu tinha antes das férias... e não é que eu não me lembro de nenhum?!?!

Mas será que eu tinha mesmo algum? Se calhar não...

Bom, pelo menos não tenho uma vida de cão.

Ah pois é!

De Férias...

Como deverão ter calculado, estive uns dias fora. Pelo que não tive acesso à net.
A casita no sul ainda não tens estas modernices...

Como é óbvio, convidei os meus donos a passarem uns dias comigo. Eles aceitaram!

Naquela sexta-feira que já passou, à hora da preparação das bagagens para as pequenas férias, já eu estava de olho em tudo o que se passava.

Toalhas de praia para um lado, chinelos e fatos de banho para outro.
T-shirts e calções aqui. Blusas e camisas para ali.
Enfim, uma parafernália de coisas a acontecerem à minha volta.

Logicamente, no que toca às minhas preocupações antes das partidas, estas resumem-se apenas a fazer um xixi (ou mais qualquer coisa) antes de "embarcar". Mesmo assim, por vezes esqueço-me e a meio da viagem já vou à rasquinha...

Com a minha já vasta experiência em viagens sei que os donos, por vezes, também se esquecem de alguma coisa.
Assim, para que não se esqueçam de mim (apesar de ter sido eu a convidá-los), opto por me introduzir estrategicamente num dos sacos de viagem que estão prontos.

E tenho então a certeza que também vou.
Temos de fazer pela vida..

Ah pois é!

Daqui não saio!

Praticamente todos os dias úteis, vejo os donos a saírem de casa pela manhã e a voltarem apenas ao fim da tarde.
Não está certo.
Eu, que sou um companheiro de primeira categoria.
Eu, que aproveito todos os momentos para estar com eles.
Eu, que os recebo em casa como verdadeiros príncipes.

Não entendo porque não me levam com eles. Seria o mínimo que poderiam fazer por mim...
Porto-me tão bem quando saio com eles. Não mio nem nada. Talvez porque adore viajar.
Outro dia pela manhã, tomei uma opção radical.
Sentei-me em cima da pasta do meu dono. O último objecto em que ele pega antes de sair de casa.
Andei meses a ganhar coragem para o fazer.

Ele não foi de modas. Deu-me duas festas (sim, só duas), e pôs-me no chão.

Não impediu que ele saísse na mesma, mas pelo menos mostrei-lhe mais uma vez o quanto eu desejava que ele ficasse.
Nem que fosse mais um bocadito.

Restava-me esperar que ambos regressassem. Para me divertir com eles.
É que ao fim do dia há sempre brincadeira...

Ah pois é!

Ratos e ratazanas

Soube recentemente que os humanos voltaram a usar os gatos para terminar com alguns excessos de ratos. Epidemias, se quiserem...
Acho muito bem, e dou aqui os meus parabéns a quem tem este tipo de iniciativas!

Já não era sem tempo. Isto das brigadas de desinfestação já passou à história. Os únicos caçadores de ratos são os gatos.
É que, com isto, houve aí muito gato no desemprego quando os "desratizadores" entraram na moda. Basta ir à União Zoófila em Lisboa e ver a pobreza em que centenas de gatos vivem. Muitos, ao verem-se desempregados, entraram em depressão.



Eu por cá, como ainda não apareceram nenhuns ratos pelo apartamento, vou treinando com ratos a fingir.
Aqui na foto, fui apanhado a aproximar-me... devagar, devagarinho, para a estocada final.
Até esventrá-lo... (que nojo!)
Mas é mesmo assim. Está-me nos genes!!

Ah pois é!

"Janelar"

Ninguém é capaz de dizer que não a uma janela.

A janela existe em todo o lado. Na casa, no carro, no escritório, no restaurante, no avião, no autocarro, nos iates, e em muitos outros locais. Hoje em dia, até já há alguns elevadores panorâmicos.

A janela permite que olhemos para o mundo. Serve para sabermos o que se passa para além do local onde estamos. Para aguçar o nosso sentido de cuscuvilhice. Para eliminar o sentimento de claustrofobia. São tantas as coisas para que serve...

Eu não passo sem uma boa janela. Seja de manhã, à tarde ou à noite.
Acho mesmo que não conseguiria viver sem uma janela.

O que me aborrece profundamente é que nem sempre se passa algo para além da janela.
Por vezes até é uma pasmaceira. Principalmente quando algumas janelas dão para pátios interiores, onde por vezes passam-se horas sem se passar nada!
Mas não pensem que passo a vida a "janelar". Tenho muitos outros motivos de interesse, outros hobbies próprios de felinos.

Mas agora, agora, só me vem à memória a gatinha do 1º andar... só é pena ela não estar sempre à janela...

Ah pois é!

Atrocidades na estrada

Hoje cá vou outra vez de viagem para o Sul.
Já conheço o percurso de cabeça.

Sei quando saímos de Lisboa e sei quando estamos a chegar... são muitos anos disto!!

No início da viagem, ainda me ponho à janela a ver as atrocidades dos outros condutores. Depois desisto e vou confortavelmente deitar-me até estar quase a chegar.
Altura em que desperto e vou novamente para a janela.

Faz-me uma profunda impressão ver as maluqueiras na estrada. O sentimento de extrema confiança que alguns condutores têm. Aqueles que se julgam os melhores...
Ouço conversas do tipo: "Os acidentes por causa das velocidades só acontecem aos outros. Porque aceleram e depois não têm mãozinhas para segurar o 'bicho'... mas comigo não é assim. Eu acelero mas sei o que estou a fazer..."
Estes camafeus não sabem o que dizem nem tão pouco o que fazem.
São os verdadeiros assassinos da estrada!!

Por isso, em viagens longas, prefiro dormir e nem pensar no que vai lá fora.
E depois, agradeço muito o chegar são e salvo ao destino. Isso é que é o mais importante.

Ah pois é!

O laço

O momento do dia em que eu deixo de estar sózinho e em que os donos voltam para casa, é muito especial.
Eu mesmo empenho-me para que seja um dos melhores do dia.

Para isso, pensei que nada como recebê-los da melhor forma possível. E isso implicava indumentária apropriada.
Por isso, recentemente, optei por recebê-los de laçarote.

Tirei a ideia de alguns programas que vejo na TV.

Foi giro, e eles não estavam à espera.
Recebi as habituais festas no pêlo, as quais eu faço questão. Fui acarinhado como nos outros dias, em que não tinha laço.

Qual foi então a vantagem de estar aperaltado? Bem "vestido"?
Tanto trabalho para receber o mesmo tipo de atenção!?!

É então que percebo que, quer esteja com lacinho ou não, gostam sempre de mim. O que conta é o que eu sou, e não o que eu possa parecer...
Eles gostam é de mim, e não dos laços que eu possa usar.

Sou um gato cheio de sorte... bom... e eles também são uns donos cheios de sorte, né?

Ah pois é!

Tudo queimado...

Todos os anos é a mesma coisa aqui por Portugal.
Ardem kms e kms de mata, e quase todos os incêndios começam de maneira indeterminada.
Imagino os meus amigos, gatos ou outras raças, que façam desses locais a casa deles. Deve ser um pavor.

Ora todos sabemos que são em larga maioria fogo posto. E posto por quem?
Por incendiários ou por piromaníacos?
Claro que são incendiários, e todos com motivações monetárias, com origem em interesses comerciais ou sociais. Estes crimes servem a grandes grupos empresariais. Basta pensar em quem lucra com àreas ou árvores queimadas...

Tenho sempre receio pelos bombeiros. Que arriscam a sua vida a tentar extinguir esses incêndios.
O bom nisto tudo, é que são recompensados com leite fresquinho após cada 'batalha'.
Só por causa do leite fresco, gostava de ser bombeiro! Porque, de resto, tenho um medo do fogo que me pelo.

Ah pois é!

Encaixotar

Mudar de casa sabe sempre bem, se formos para melhor. No entanto, dá cá uma trabalheira que só visto.

Felizmente hoje em dia as empresas de mudança já tomam conta de quase tudo.
A nossa única preocupação é a de colocar tudo nos devidos lugares, já na nova casa. Mas não é fácil. Conheço quem se mudou à umas semanas atrás e ainda anda a arrumar caixotes...

Mas outra coisa positiva, é a quantidade de tralha que deitamos fora numa mudança. Descobrimos objectos de que nem faziamos ideia que ainda existiam.

Para que é que continuamos a guardar certas coisas que já não usamos é que continua a ser um mistério. Guardamos tudo sempre na esperança que um dia venha a dar jeito. Só que esse dia nunca aparece. E mesmo que um dia precisemos desse objecto à muito guardado, acabamos por comprar um idêntico. Ou porque não nos lembramos que temos um igualzinho, guardado à espera de melhores dias, ou então porque não fazemos a mínima ideia de onde ele está. Além disso, se o fossemos procurar tinhamos de ir munidos de pano do pó, produtos de limpeza, vassoura, pá e afins. Sim, porque geralmente esses locais de arrumação não estão um primor ...

Nunca estive numa mudança a sério. As únicas, que ainda vou presenciando, são quando vou de férias, seja para o Norte ou para o Sul. Mas não tem nada que se assemelhe a uma verdadeira mudança, julgo.

No entanto, tenho de estar preparado para se um dia acontecer comigo. Assim, vou treinando como auto-encaixotar-me para ser transferido para outro local. Não vá alguém esquecer-se de mim!

Ah pois é!

Patas ao alto!

Aqui estou eu numa posição quase absurda, pouco ortodoxa. De patas ao alto, completamente vulnerável...

Estive a treinar a melhor forma de ser passado em revista.
Hoje em dia, isto já faz parte da rotina.
Não é?
Se vamos a algum evento desportivo de alguma envergadura, somos revistados.
Se vamos a algum concerto ou espectáculo, somos revistados.
Se vamos a alguma festa num local com "personalidades", somos revistados.
Se queremos embarcar nalgum voo, somos revistados.

Acho que mais dia menos dia, isto pega moda por este mundo fora. E, em vez de sermos revistados apenas e exclusivamente em locais e eventos especiais, passamos a ser revistados à saída de casa.
Eu explico.

Instala-se em cada habitação uma daquelas maquinetas que apitam quando possuímos metais. Outra de raio-X para qualquer mala ou saco que transportássemos. A porta da rua só abriria quando estivéssemos "limpos".
Assim, teriamos a certeza que toda as pessoas com que nos cruzávamos no exterior, não ofereceriam qualquer perigo à nossa segurança e à do país...

Os primeiros povos a darem o exemplo seriam os americanos. Depois os europeus... esses macaquinhos de imitação... e depois, muito mais tarde, ou talvez nunca, os restantes povos do mundo.
Obviamente haveria excepções. Os japoneses quereriam seguir as pisadas dos americanos, ainda antes dos europeus. Depois os sul-coreanos, australianos, etc...

Acho que já estou a exagerar, ou talvez não.
Vá-se lá saber para onde caminhamos, e que surpresas o futuro nos traz.
Que as coisas vão mudar é que não há dúvidas...

Ah pois é!

A ver a vida passar

Não há a mínima dúvida que o tempo passa a correr nesta estrada da vida...

Ainda à questão de 1 ano tinha uma espécie de diário/blog, pessoal e intrasmissível, dentro do site da Arca de Noé.

http://arcadenoe.clix.pt/blog.php3?op=mydiary&user=15603

Muitas das minhas primeiras histórias, ou todas, estão por lá.

Sabe-se lá porque razão, a certa altura da nossa vida, enjoa-se disto ou daquilo e mudamos radicalmente alguns costumes. É assim que, desde 11 de Agosto de 2004, deixei de actualizar aquela minha espécie de diário.

Mas, para descanso de muitos, continuo o mesmo gato maluco.


Agora, talvez por força das circunstâncias, tornei-me um pouco mais críTico.

Não vou mais ficar calado! Vou expôr tudo a nú.
Vou mostrar o meu descontentamento relacionado com assuntos que simplesmente não me agradam.

Se não houver nada de desagradável, simplesmente invento!
Ah pois é!

Fiquem atentos... às minhas críticas...